Isotopos na medicina
Os isótopos são dois átomos do mesmo elemento químico com números de massa (A) diferentes e números atômicos (Z) iguais. A diferença se encontra no número de nêutrons. Os isótopos podem diferir em algumas características, como a densidade.
O radioisótopo, por sua vez, é o átomo que apresenta um núcleo radioativo. Quando o radioisótopo se transforma em um isótopo, libera uma energia chamada de partículas alfa, partículas beta ou radiação gama. Os radioisótopos são muito utilizados em tratamentos médicos e diagnósticos.
TIPOS DE RADIÇÕES EMITIDAS PELOS RADIOISOTOPOS
Existem três tipos de radiações que os radioisótopos podem emitir e são elas:
1) a partícula Alfa composta por núcleos de Hélio, formada por dois prótons e dois nêutrons, portanto com uma grande massa e, por isso, com pouco alcance (penetração), que, por exemplo, no ar não passa de 3 a 8 cm. Devido a pouca penetração da partícula Alfa, os isótopos emissores desse tipo de radiação, não têm utilidade diagnóstica. Eles não representam perigo quando são fontes de radiação situadas fora do corpo mas, são perigosos como fontes internas porque as partículas Alfas, ao serem absorvidas, produzem intensa ionização, um fenômeno físico que leva à produção de efeitos biológicos indesejáveis;
2) a partícula Beta, cuja massa é aproximadamente 8.000 vezes inferior à massa da partícula Alfa, e, por isso, Beta tem maior alcance que Alfa. Embora mais penetrantes que a partícula Alfa, as partículas Betas são detidas por poucos milímetros de alumínio ou de tecido orgânico. A incapacidade de Beta atravessar os tecidos a torna sem utilidade no diagnóstico por imagens. Sua utilidade em Medicina está no campo da radioimuno-análise no qual o principal isótopo utilizado é o iodo 125 (125I), cuja utilidade médica são as medidas necessárias à investigação de dosagens hormonais e na terapia.
Assim a pouca penetração das partículas Beta, e a conseqüente ionização que resulta de sua absorção, fundamenta a