Isomeria óptica
A isomeria óptica começou a ser desvendada em 1808 com a descoberta da polarização da luz, mas só foi explicada em 1846 por Pasteur, com estudos sobre o ácido tartárico. A história da isomeria óptica envolve grandes cientistas que estudaram a atividade óptica de várias moléculas, como Louis Pasteu
A luz polarizada foi observada pela primeira vez em 1808 por Malus e Huygens, ao observar um feixe de luz atravessar o espato da Islândia, um cristal transparente de uma variedade de carbonato de cálcio
Em 1812, Jean-Baptiste Biot observou que o feixe de luz polarizada era rotacionado, em alguns cristais, para a direita e, em outros, para a esquerda. Uma importante observação que ele fez foi a de que não eram apenas substâncias sólidas, ou líquidos puros que rotacionavam o feixe de luz polarizada, mas até mesmo soluções aquosas de determinadas substâncias orgânicas tinham essa propriedade. Isso indicava que o fenômeno observado era decorrente da estrutura da molécula em si.
Biot inventou um aparelho para observar o fenômeno do desvio do plano da luz polarizada, que ficou conhecido como polarímetro. Em 1842, ele foi aperfeiçoado por Ventzke, que adaptou um prisma de Nicol ao aparelho, e, anos mais tarde, Mitscherlich introduziu o uso de luz monocromática nas observações.
Mas, foi somente em 1846 que esse fenômeno foi explicado, por meio dos estudos de Louis Pasteur, que foi aluno de Biot. Durante o processo de fermentação do suco de uva, para a produção do vinho, formam-se dois ácidos: o ácido tartárico e o ácido racêmico
Selo impresso pela Central Africano República mostra Louis Pasteur (1822-1895), Químico e Microbiologista, por volta de 1985
Esses dois ácidos possuíam a mesma fórmula molecular e as mesmas propriedades, porém, apresentavam um comportamento diferente quando submetidos ao feixe de luz polarizada. Já se sabia que o ácido tartárico