Isolamento e caracterização do eugenol
O cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) é uma planta nativa das ilhas da Indonésia. Atualmente, ele é cultivado em outras regiões do mundo, como as ilhas de Madagascar e de Granada.
O botão seco de sua flor (ilustrado na figura 1) é utilizado como especiaria desde a antiguidade, sendo que no início do século XVI um quilo de cravo equivalia a sete gramas de ouro.
Figura 1: Cravo-da-Índia
Veio da China a primeira indicação do uso do cravo-da-índia como condimento, remédio e elemento básico para elaboração de perfumes especiais e incensos aromáticos.
A primeira pessoa que fez uma descrição completa do cravo-da-índia foi um botânico alemão chamado Everard Rumph que dizia: "é a mais bela, a mais elegante e a mais preciosa de todas as árvores". Na culinária da Idade Média, o cravo-da-índia era usado como aromatizante para conservas e como adorno para pratos selecionados.
Atualmente, a ciência já é capaz de explicar esse uso. O óleo essencial presente nesta especiaria é o eugenol. Esta substância, cuja molécula está ilustrada na figura a seguir, apresenta efeitos antiinflamatório, cicatrizante, analgésico e anticéptico; por isso é que hoje, o cravo é empregado na culinária, em fumos e na fabricação de fármacos, sendo bastante utilizado na área odontológica. Em associação com o óxido de zinco é utilizado como massa provisória para determinados tipos de restaurações ortodônticas.
Figura 2: Estrutura do Eugenol.
O conteúdo total de óleo em cravos (de boa qualidade) chega a 15%. O óleo é constituído, basicamente, por eugenol (70 a 80%), acetato de eugenol (15%) e beta-cariofileno (5 a 12%).
O eugenol é um composto aromático que não está presente somente no cravo, mas também em canela, sassafrás e mirra. O tratamento médico aom a substância é utilizado para combater náuseas, flatulências, indigestão e diarréia. Além disso, a substância possui propriedades bactericidas e antivirais.
Na presente prática, a