Isolamento, Purificação e Caracterização da Cafeína
A cafeína (1,3,7trimetilxantina) é provavelmente a substância com efeito farmacológico psicoativo mais consumida no mundo. [1] É encontrada em mais de 60 plantas e está comumente presente em várias bebidas, alimentos e fármacos, como café, alguns tipos de chá, Aspirina® e chocolate. Sua absorção no corpo se dá aproximadamente 45 minutos após a ingestão, no trato gastrointestinal. Seu caráter anfifílico, como indicado na Figura 1, faz com que essa substância atravesse todas as membranas biológicas, inclusive a barreira hematoencefálica. Todos os efeitos da cafeína no sistema nervoso central ainda não são bem elucidados, mas diversos estudos apontam que ela atua como antagonista dos receptores de adenosina, bloqueando a sonolência, aumentando a vasoconstrição e diminuindo a fadiga. [2]
A cafeína tem massa molecular de 194,19g/mol, sua aparência à temperatura ambiente é de pó branco e pertence às xantinas, grupo de alcalóides que possuem em sua estrutura um anel aromático heterocíclico de purina. Os diferentes radicais indicados na Figura 2 levam à diferentes compostos. Normalmente, os compostos dessa classe tem atividade biológica estimulante e é convertido principalmente em ácido úrico após o metabolismo no fígado.[3] Um estudo interessante realizado em 2008 mostrou que as xantinas e outras bases nitrogenadas estão presentes no espaço extraterrestre, indicando que esses compostos já estão presentes no Sistema Solar antes da vida terrestre e devem ter contribuído para a evolução desta. [4]
Uma vez que a cafeína está presente em diversos organismos da natureza, sua obtenção e purificação pode ser realizada por diversos métodos. Na prática descrita neste relatório, utilizouse o chá preto proveniente da folha da planta
Camellia sinensis
, o mais