ismos
Disciplina: Português
Trabalho realizado por:
Luís Bento Nº15 12ºA
Futurismo
Corrente literária que que se propõe cortar com o passado exprimindo em arte o dinamismo da vida moderna, aqui o vocabulário onomatopaico pretende exaltar a modernidade. Utiliza também o discurso algo caótico que demonstra a modernidade da escrita.
Ode-Triunfal de Álvaro de Campos
(Excerto)
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papiplas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De os ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão contemporânio de vós, ó máquinas!
Nova Minerva sem-alma dos cais e das gares!
Novos entusiasmos de estatura do Momento!
Quilhas de chapas de ferro sorrindo encostadas Às docas,
Ou a seco, erguidas, nos planos-inclinados dos portos!
Actividade Internacional, transatlântica, Canadian-Pacific!
Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotéis,
Nos longchamps e nos Derbies e nos ascots,
E Piccadillies e Avenues de l´Opéra que entram pela minh´alma dentro!
Hé-lá as ruas, hé-lá as praças, hé-lá-hô la foule!
Tudo o que se passa, tudo o que pára às montras!
Comerciantes; vários; escrocs exageradamente bem-vestidos;
Membros evidentes de clubes aristrocráticoos;
Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes
E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete
De algibeira a algibeira!
Tudo o que passa, tudo o que passa e nunca passa!
Presença demasiadamente acentuada das cocotes,
Banalidade interessante (e quem sabe o quê por dentro?)
Das burguesinhas, mãe e filha geralmente,
Que andam na rua com um fim qualquer;
A graça feminil e falsa dos pederastas que passam, lentos;
E toda a gente simplesmente elegante que passeia e se mostra
E afinal