Islamismo
Os califas que sucederam Maomé passaram a difundir o islã dominando toda a Arábia. Unificados em um Estado, possuíam uma poderosa força militar ; por essa razão, em pouco tempo, eles conquistaram Jerusalém, a Síria, a Pérsia, o Egito, o norte da África e a região do crescente Fértil.
Em 711, os árabes e os mouros (povos da Mauritânia, conquistados pelos muçulmanos ) derrotaram os visigodos e conquistaram a Península Ibérica. No final do século VIII, os árabes já dominavam toda a Ásia Central, formando um grande império.
Quando os muçulmanos chegaram à Península Ibérica, em 711, utilizaram a política de tolerância religiosa convivendo pacificamente, por muitos séculos, com os judeus, cristãos e visigodos que moravam nesse local. Porém, muitos cristãos e visigodos que resistiram a conquista muçulmana se refugiaram nas Astúrias (norte da Espanha), onde formaram pequenos reinos. Após a criação do Califado de Cordóba em 755,os muçulmanos estabeleceram relações diplomáticas e comerciais com Bizâncio e o Ocidente europeu. Eles assimilaram o processo de irrigação que conheceram no Egito e desenvolveram o cultivo da cana-de-açúcar, arroz, laranja, tâmara e do vinhedo. Também passaram a fabricar artigos de luxo, como linho, tapetes, armas, cerâmicas, vitrais, azulejos, entre outros produtos. Além disso, eles também mantiveram o comércio com o Oriente, conduzindo a Península Ibérica a uma notável expansão econômica.
A Espanha também foi um dos grandes centros culturais do Islã. Muitos judeus e cristãos trabalhavam, ao lado dos escravos , na construção de mesquitas, palácios, hospitais, banhos públicos, jardins e bibliotecas. As cidades foram divididas em subúrbios, que possuíam água encanada e áreas destinadas ao trabalho e ao lazer. Por esses motivos, Al-Andaluz (Terra dos vândalos) , como era chamada a Espanha muçulmana, foi reconhecida em toda a Europa e Ásia como a “jóia do Islã”.
A partir do século