Islamismo em diferentes culturas
Tema: O islamismo em diferentes culturas
O ISLAMISMO EM DIFERENTES CULTURAS
História do Islã na África
Depois de ter conquistado pela força o Norte de África, o Islã penetrou lentamente no continente, de norte para sul, através do deserto, pelo vale do Nilo e pela costa oriental do Índico. Na África o Islã adquiriu características próprias, combinando tradições locais com crenças islâmicas. Hoje a Arábia Saudita pretende impor um Islã purificado do sincretismo. Mas os muçulmanos africanos, na sua maioria, preferem a forma moderada e sincretista do Islão, que a África moldou. Os muçulmanos entraram em África como refugiados no início da sua história. Perseguidos pelo povo de Meca, por ordem do profeta Maomé, atravessaram o mar Vermelho e procuraram refúgio na Etiópia, foram acolhidos pelo rei Najashi, que lhes concedeu protecção, respeito e liberdade. A África tornou-se o primeiro refúgio seguro para os muçulmanos e a Etiópia seria o primeiro lugar fora da Península Arábica onde o Islã seria praticado.
No Norte de África Logo após a morte do profeta Maomé, no entanto, entraram novamente em África, mas desta vez como conquistadores. Em 639 d. C., populações nómadas de árabes muçulmanos deixaram a península arábica e invadiram o Egipto, em seguida dirigiram-se para oeste, para a Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. Em duas gerações, todo o Norte de África se tornou muçulmano. Quando os Árabes chegaram ao Norte de África, a Igreja cristã já tinha sido enfraquecida pela ocupação e perseguição dos Vândalos. Toda a classe alta latinizada fugiu para a Europa. Bispos, padres e monges abandonaram o país, deixando a população cristã privada de liderança. Não havia ninguém para cuidar dela. A população indígena, os Berberes, que continuava intocada pelo Cristianismo, abraçou o Islã, contribuindo com os Árabes para criar o Magrebe islâmico. No Egipto, a política islâmica para com os cristãos era de «tolerância com alguma discriminação»: os