O caso dos irmãos Naves foi um fato ocorrido no final da década de 30 no interior de Minas Gerais. É considerado por muitos como o maior erro judiciário da história do Brasil. Sebastião José Naves e Joaquim Rosa Naves, dois irmãos, foram tidos como suspeitos da morte de Benedito Pereira Caetano. O delegado responsável pelo caso, Francisco Vieira dos Santos, determina a prisão dos irmãos e os submetem a uma loga rotina de torturas, para que ambos confessassem o crime de homicídio. Além de terríveis agressões físicas, um dos meios utilizados pelo delegado era o de levar os irmãos para longe da cidade, ao campo, tirar as suas roupas, amarrá-los a uma árvore, untar seus corpos de mel e os deixarem expostos aos insetos (formigas, abelhas). As esposas dos irmãos e sua mãe também foram presas e torturadas. Após um longo período de torturas medievais, resistidas bravamente pelos irmãos, ambos confessam a autoria do homicídio. No episódio, exerce papel fundamental o advogado João Alamy Filho, que é convencido pela mãe dos irmãos de que são inocentes, e passa a realizar, com coragem, a defesa dos dois. O caso passou por dois julgamentos perante o Tribunal do Júri, em ambos, os irmãos foram julgados inocentes pelos jurados. Entretanto, não contando com a soberania que hoje possui a decisão dos Júri, a sentença do último julgamento foi reformada pelo Tribunal de Justiça, que condenou os irmãos pelo homicídio em 25 anos e meio de prisão. Mais tarde, após o cumprimento de parte da pena e a morte de um dos irmãos, a “vítima” do homicídio reaparece viva.
Segue o link do filme O Caso dos Irmãos Naves (1967), que teve o roteiro baseado