Iracema De Jos De Alencar
A obra, narrada em terceira pessoa, teve um papel importantíssimo na concretização do Índio como personagem da literatura brasileira. O romance desenvolvido entre Iracema e Martin acontece juntamente com a guerra, e os personagens são dominados pela característica romântica de ter a emoção acima da razão.
Iracema exerce influência total na arte nacional produzida até hoje, e além de ser considerada uma das obras mais importantes de nossa história, é referência obrigatória em estudos para vestibular e em faculdades de literatura.
A permanência de Iracema no universo cultural brasileiro é incontestável. Uma das manifestações artísticas que perpetuam a imagem da virgem dos lábios de mel, mesmo que nem sempre tão virgem ou idealizada, é a música popular brasileira contemporânea.
São inúmeras as referências atuais existentes ao livro, como a música de Chico Buarque Iracema da América (Iracema voou, para a América.. Leva roupa de lã, e anda lépida…) e a música A índia e o traficante, de Eduardo Dusek (Noite malandra, um luar de espelho, No meio da terra a índia colhe o brilho…).
Na canção de Chico Buarque de Holanda, ele atualiza a lenda do Ceará, mostrando Iracema como uma emigrante que vai para a América (lembrando o anagrama de Alencar), seguindo assim, a sina do primeiro cearense, Moacir (o filho de Iracema e Martim). Já Eduardo Dusek e Luiz Carlos Góes, na canção A índia e o traficante, vão desmontar a figura idealizada de Alencar, transportando a índia para o mundo atual, em que prevalecem a corrupção e a