IRA e ETA
No último dia 27 de junho de 2012, um aperto de mãos chamou a atenção da imprensa internacional. Algo impensado há alguns anos, o cumprimento entre a rainha Elizabeth II e o republicano Martin McGuinness, ex-comandante do Exército Republicano Irlandês (IRA) e atual vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte, pode representar que, ao menos no plano institucional, a região tenha acertado o paço no caminho da paz, trilhado a partir da década de 1990. Entretanto, rancor e discriminação ainda são sentimentos que circulam pela província britânica, sobretudo na capital Belfast, onde católicos e protestantes ainda vivem separados por muros.
História:
No século XII, a ilha da Irlanda começou a ser conquistada pelos reis da Inglaterra. Essa região passou a ser dominada pelo Reino Unido. Em 1534, o rei HenriqueVIII deu inicio à Reforma Anglicana, estabelecendo uma religião protestante oficial em seus domínios. Boa parte dos ingleses adotaram o anglicanismo, porém, os irlandeses permaneceram inteiramente católicos, até mesmo como forma de preservar sua identidade nacional perante os dominadores ingleses. Nesse período diversos líderes, como rainha Elizabeth e Oliver Cromwell, massacraram revoltas na Irlanda. Em 1905, os nacionalistas irlandeses fundaram o Sinn Fein (“Nós Sozinhos”), partido político que lutaria pela independência do país utilizando meios legais, por outro lado, os protestantes afiaram a Força de Voluntários do Ulster – formação paramilitar destinada a apoiar as tropas britânicas na Irlanda. A essa altura, o Ulster já era uma região industrializada onde os protestantes haviam se tornado maioria, graças à forte imigração de operários ingleses, escoceses e galeses. O conflito é basicamente religioso (anglicanos x católicos).
Em 1949, a Irlanda desligou-se da commonwealth e proclamou sua