IRA e ETA
Pouco tempo após o Bloody Sunday, no dia 21 de julho de 1972, o IRA lançou uma dura ofensiva explodindo 22 bombas em Belfast, num intervalo de apenas 80 minutos, tendo como saldo 9 mortos (entre eles dois soldados britânicos) e 130 feridos. O episódio ficou conhecido como Bloody Friday ou sexta-feira sangrenta.
Em resposta às ações terroristas perpetradas pela IRA, o governo norte-irlandês adotou medidas drásticas em relação à população católica, invadindo seus bairros em busca dos paramilitares, promovendo prisões arbitrárias, muitas vezes seguidas de interrogatórios que tinham como ingrediente sessões de tortura. A ininterrupta repressão administrada pelo governo fez com que o apoio IRA crescesse consideravelmente entre a minoria católica para quem o grupo armado parecia ser o único capaz de oferecer segurança contra o Estado e forças protestantes.
Explique aos alunos que, ao contrário do que muitas vezes se pensa, a ação armada não existiu apenas do lado católico e republicano. Sob o tempero da intolerância religiosa, os confrontos entre protestantes e católicos seguiam contando com as ações de grupos paramilitares de ambos os lados. Os unionistas protestantes também acabaram por pegar em armas