Iodo

Iodo no metabolismo animal
Introdução
O iodo é um elemento relativamente raro. Representa somente cerca de 0,0004% dos elementos que compõem a crosta terrestre. Ocorre de forma dispersa no ar, água, solo e nos organismos vivos. O iodo está presente nas plantas em concentrações muito baixas (exceto nas algas onde se encontra mais concentrado), e provavelmente não desempenha um papel muito importante no seu ciclo de vida. Os alimentos vegetais normalmente são pobres em iodo sendo que nas forrageiras a concentração do elemento varia de 200 a 400 µg/kg de matéria seca, para os grãos, a variação é de 50 a 300 µg/kg e para os tubérculos de 300 a 500 µg/kg de matéria seca. Já os alimentos de origem animal, especialmente a farinha de peixes, são ricos em iodo. Como a fixação de iodo nos tecidos animais segue a sequência solo, água, planta e animal, e são comuns áreas com deficiência desse elemento, a necessidade de suplementação dietética de iodo é prática frequente, tanto para a alimentação humana como animal. A deficiência de iodo pode ter origem secundária sendo provocada pela presença de substâncias bociogênicas presentes nos alimentos. Além disso, 30 a 50% do iodo ou mais, é perdido durante os processos de conservação de alimentos. Os estudos a respeito do metabolismo do iodo se intensificaram com a descoberta de sua relação com a ocorrência de casos de bócio. A partir de então o elemento foi muito estudado e foi identificada sua relação com os hormônios da tireóide.
Distribuição nos tecidos
O iodo é encontrado em todos os tecidos e fluidos do corpo, porém, a maior parte é concentrada na tireóide. Pode ser encontrado tanto na forma inorgânica como orgânica (metabólitos da tironina). O iodo orgânico presente no plasma consiste principalmente dos hormônios da tireóide que estão ligados a globulinas e, em menor extensão, às albuminas do plasma. A quantidade de iodo precipitado no soro ou ligado à proteína seve como critério de avaliação da condição funcional da