inútil aldrava

555 palavras 3 páginas
INÚTIL ALDRAVA

ESTRUTURA EXTERNA

Análise formal

Aldravismo vem de aldrava, termo que designa o utensílio com o qual se bate nas portas para que estas sejam abertas. Assim o aldravismo pode ser caracterizado pela arte que chama atenção, que insiste, que abre portas para as interpretações. Esse estilo literário originalmente mineiro tem esse nome por chamar à atenção do leitor por seu estilo baseado na estética, na forma, na métrica.
“Inútil aldrava” é um poema de nove estrofes regulares que possui rimas internas propondo assim musicalidade e beleza na recitação ao poema. Suas estrofes são intercaladas de versos compostos por tetrassílabos, pentassílabos e hexassílabos. Na construção das rimas, as estrofes se intercalam entre ricas e pobres. Nota-se, por exemplo, que em: “Quero mais anarquia/ de um só deus quando cria/o incontido universo/ cometer a heresia/ de gritar ‘Fiat lux’ / e dá luz a meu verso”, a palavra anarquia é substantivo enquanto cria é derivada do verbo criar o que configura uma rima rica. O mesmo não ocorre entre as palavras: universo e verso, pois as duas representam a mesma figura gramatical. Em seguida, nota se que nos versos: “se teu nojo não pára/ vomita no papel/ sem sujar a palavra/ que a poesia está morta/ bem atrás da tua porta/ e não bato essa aldrava”, as figuras gramaticais presentes em: palavra e aldrava são ambas substantivos configuando assim uma rima pobre. Bem diferente aconteçe com relação às palavras morta e porta que são, respectivamente, adjetivo e substantivo proporcionando ao poema uma rima rica. No sistema rítimico do poema, as estrófes ligam-se umas as outras de maneira suave com palavras fortes. Ao construir o poema, o poeta se apropria de verbos que expressam ação, dinamismo. Dessa maneira a poesia pareçe estar sempre em constante revolução algo que que é característico no movimento aldravista. O poema apresenta versos curtos e uma estrutra métrica bem definida com um sistema rítimico forte que ora se

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