Investigação científica e interesses políticos
A revolução Industrial, ocorrida nos finais do século XVIII, deu-se com a introdução da máquina a vapor (mão-de-obra, permitindo maior produção em menos tempo). Trouxe à sociedade uma nova forma de conceber o mundo. A substituição do Homem pela máquina, a passagem da produção manual para a produção em série, a migração das pessoas do campo para a cidade deu origem a novas estruturas de organização da sociedade, novos hábitos e, sobretudo, novos valores. As noções de progresso e desenvolvimento começaram a fazer parte da cultura social, e o bem-estar tornou-se uma exigência.
No entanto, o grande conceito que acompanha a industrialização é o de valor económico. O seu ideal de rendimento e lucro originou a criação de inovações tecnológicas que pudessem responder às necessidades dos cidadãos e, ao mesmo tempo, aumentar a produção, reduzindo os seus custos, a fim de tornar os produtos mais facilmente comercializáveis.
A industrialização veio trazer um crescimento rápido e acelerado das estruturas produtivas e a criação de novos produtos e necessidades que promoveram o bem-estar dos cidadãos, tornando a vida muito mais facilitada. O problema é que os recursos da industrialização são os recursos naturais (matérias-primas), cuja exploração pode provocar o desequilíbrio no ecossistema e graves impactos ambientais, se não houver um doseamento e cuidados na sua utilização. A preocupação única e exclusiva em produzir e em extrair as matérias-primas, sem ter cuidados com o ambiente, trouxe alguns problemas que já se sentem no presente, mas que poderão comprometer o futuro. Deles destacamos:
• A poluição do meio ambiente, através da libertação de gases para o ar e de resíduos para as águas e solos, que originou problemas de saúde nas espécies vegetais e animais, incluindo o ser humano.
• O uso desenfreado dos recursos naturais coloca em causa a sua subsistência no futuro, uma vez que não são inesgotáveis, pondo também em perigo a subsistência do