inventario rotativo
SARTRE
DOS
GRUPOS
SOCIAIS
EM
Rogério Andrade Bettoni
Orientadora: Profª Ms. Maria José Netto Andrade
Resumo: Após a sistematização e elucidação de conceitos relacionados à individualidade humana, presentes na obra "O ser e o nada" (1943), o filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) dedicou seus estudos à análise do que seria a sociabilidade e o movimento da História. Em sua obra "Crítica da Razão Dialética" (1960), Sartre afirma que o ser humano, dominado pela materialidade circundante (Prático-Inerte), desenvolve seus projetos a partir da ação individual, ou práxis, o princípio motor de todo o movimento dialético da realidade. A partir desta mesma práxis e de um objeto comum percebido em outros indivíduos, formam-se os grupos sociais, com o sentimento compartilhado de revolta contra o Prático-Inerte. O que pretende-se neste texto é fazer um percurso pela obra de Sartre na busca dos elementos que norteiam esta análise: como os grupos sociais se formam e se organizam, como se dissolvem ou se institucionalizam. Toma-se então como referência principal para este trabalho a obra "Critique of dialectical reason, book 2".
Palavras-chave: Existencialismo. Sociabilidade. Grupos Sociais
Introdução entre as contradições mais destacadas da atualidade, podemos citar a que se refere à compreensão das relações que envolvem o indivíduo enquanto inserido na sociedade. Tomando como base o existencialismo sartreano, percebe-se que esta é uma questão que perpassa todo o seu pensamento filosófico, de O Ser e o Nada à Crítica da Razão Dialética, sem excluir, é claro, seus ensaios e obras de cunho onto-fenomenológico, e ainda os romances e peças de teatro. Segundo
Sartre, o homem é um ser que se encontra injustificadamente inserido no mundo, onde se projeta como liberdade em situação, em direção ao futuro. De acordo com o desenrolar de sua existência, ele se constrói;
D
porém, a sua existência possui relações inerentes