Invasões Barbaras

Universidade de Pernambuco – Upe
Filosofia II
Profª:
Aluna:

Análise do filme Invasões Bárbaras
O filme relata a história de um professor socialista que se depara com a morte, o filme é muito mais reflexivo do que de entretenimento. Quando o personagem principal vai fazer reflexão da sua vida é notável a desilusão ao socialismo e com as coisas que ele fez no decorrer da vida. Um homem que dedicou sua vida a luxuria e nem um pouco aos filhos e a esposa. E ele se depara com um momento existencial na sua vida, fazendo uma reflexão de si mesmo, como Sartre diz, ele se apreende a sua solidão, admitindo que a vida inteira não conseguiu ser solidário, deixou de lado a solidariedade humana, dedicando apenas a seus prazeres. Não se pode negar a sua paixão pela vida, mas também não se pode negar que no fim da vida ele acabou se afastando de todos, precisando rever todos os seus relacionamentos.
Sartre fala da coerência do seu existencialismo, a história de que a existência precede a essência, diz que somos tão somente homens, que existimos pra nos tornar aquilo que temos vontade, que depois que nascemos vamos atrás das coisas que nos atrai, não passamos de um projeto de nós mesmos. Então se realmente a existência precede a essência, o homem é único e total responsável por si, capaz de arcar com todas as responsabilidades de sua existência. Porém, na minha opinião, essa ideia de Sartre até seria viável se na hora do vamo vê, nós não fossemos correndo ao encontro da nossa essência. E isso ficou claro no filme, pelo menos para mim, que ele até então estava despreocupado com tudo, arcando com as responsabilidades e consequências que todas as suas escolhas na vida vinham acarretando, porém, na hora da morte, na hora de finalmente encontrar a paz, ele passou a rever aquilo tudo, a entrar em conflito, a querer justificar, a querer ser compreendido e amado, passou a buscar pela solidariedade humana, pela solidariedade dos filhos, dos amigos, da mulher e até das amantes,