Introdução à Economia Capítulo 1 Wilson Cano

O capítulo se inicia com o autor apresentando o conceito e analisando a complexidade da Economia de Mercado; utilizando-se da heterogeneidade de suas atividades, de seus compartimentos produtivos e das instituições atuantes, Cano compara a Economia de Mercado com as relações econômicas que a antecederam, destacando pontos como a separação dos momentos de produção e consumo dos bens, que, nas relações econômicas anteriores, aconteciam quase ao mesmo tempo e feitos pela mesma pessoa. Na Economia de Mercado passaram a ser feitos por pessoas diferentes em momentos diferentes. Isto foi possível graças ao surgimento das trocas e posteriormente das moedas, além da divisão do trabalho.
O autor segue mostrando que as necessidades humanas se modificam ao longo do tempo; o que em gerações passadas era considerado luxo, atualmente é visto como artigo de primeira necessidade. Nesse ponto, o autor cita a classificação das necessidades humanas em: a) necessidades individuais: a.1.1) corporais absolutas (fundamentais para a existência do homem); a.1.2) corporais relativas (imposta pelo meio social); a.2) espirituais (educação e cultura); a.3) luxo; e em b) necessidades coletivas, aquelas derivadas da vida em coletividade. Para comprovar essa mudança das necessidades humanas, o autor utilizou estatísticas, como por exemplo a relação de veículos por habitante no Brasil, que era de 1:143 na década de 1950 e, atualmente, é de 1:11. Para satisfazer essas necessidades, os homens são obrigados a produzir mais coisas e em maiores quantidades. Neste ponto entra o conceito de escassez relativa de bens, explicada pelo fato de certos insumos e fatores de produção serem naturalmente limitados, seja pelo tempo de assimilação e translado, pelos preços e custos de sua obtenção ou pelo monopólio de seu uso.
Um ponto que me chamou a atenção ao analisar as diferenças entre os períodos econômicos foi o fim da troca dos produtos em espécie, fazendo com que os homens precisassem obter dinheiro, e,