INTRODUÇÃO À ACÚSTICA ARQUITETÔNICA
Souza, Léa Cristina Lucas de Souza, Manuela Guedes de Almeida, Luís Bragança. 1. Ed. – Bauru, SP:L.C.L. de Souza, 2003. Introdução a acústica arquitetônica. P. 1 – 44.
Introdução
Este livro trata-se de uma das raríssimas obras didáticas de Acústica Arquitetônica em português no Brasil. Com uma linguagem bastante amigável, o exemplar nos trás de uma forma quantitativa aspectos da acústica arquitetônica, visando esclarecer e exemplificar possibilidades de atuação do arquiteto no ambiente acústico, através da integração ao projeto arquitetônico.
O livro revela a preocupação que a autora teve de reforçar sobre a importância da inserção da acústica como parâmetro projetual. Desconsiderar este parâmetro é na verdade não ter domínio suficiente sobre o principal objeto de estudo do arquiteto, o espaço.
Qualificar um ambiente acusticamente, diante de inúmeras fontes de ruídos existentes, torna-se uma tarefa desafiadora para o profissional habilitado, por isso é imprescindível o desenvolvimento da sensibilidade ao som, pois é a parti desta sensibilidade aguçada que o arquiteto pode fazer suas análises tanto no meio interno a edificação quanto ao seu meio externo, e assim poder contribuir da melhor maneira em seu projeto.
Algumas lições do passado
Na antiguidade os gregos normalmente aproveitavam a topografia de terrenos inclinados para a construção de teatros ao ar livre. Com a plateia sendo acolhida por uma estrutura semi-circular denominada de cávea, que se moldava a inclinação do terreno. Com isso eles objetivavam uma maior aproximação entre palco e plateia, obtendo assim, um maior campo visual para os espectadores, além de uma melhor captação sonora.
Ainda na antiguidade os teatros romanos também eram construídos ao ar livre, desenvolvendo-se, muitas vezes, em uma estrutura independente não vinculada a topografia do terreno. Essa estrutura independente era composta por grandes paredões verticais que