INTRODUÇÃO À ACÚSTICA ARQUITETÔNICA
SOUZA L. C. L., ALMEIDA M. G., BRAGANÇA L. Bê-á-bá da acústica arquitetônica: ouvindo a arquitetura. São Carlos: EdUFSCar, 2012. Introdução à acústica arquitetônica. P. 15 – 43. Seguindo uma sequência cronológica, os autores exemplificam a forma como a acústica arquitetônica era abordada durante a história. Na Antiguidade, através dos teatros gregos e romanos. Com os primeiros, houve uma preocupação com o aproveitamento da topografia e a distribuição da plateia em formas semicirculares, aproximando assim, o público do palco, permitindo uma maior captação sonora, de maneira a favorecer o desempenho acústico das apresentações ao ar livre. Com os romanos, o raciocínio é basicamente o mesmo, exceto com relação ao aproveitamento da topografia como condicionante, ao invés disso, passa-se a criar superfícies verticais mais altas atrás do palco e mais próximas do expectador, possibilitando um reforço sonoro, desempenhado hoje pelas conchas acústicas. Nas igrejas medievais já há construções com uso de materiais reflexivos, como a madeira e a alvenaria, proporcionando ambientes com grande sobreposição sonora. Enquanto que, com a cúpula bizantina é possível haver uma focalização sonora. Com as construções góticas e seus arcos ogivais podemos notar fenômenos como o eco. Já durante o período Renascentista, a acústica é desenvolvida em ambientes fechados, propiciando reflexões sonoras e reforçando o som direto. Contudo, segundo os autores, somente a partir do século XX passa a haver um maior embasamento científico para solucionar problemas acústicos. Citando como exemplo, Wallace C. Sabine e Lord Rayleigh e suas contribuições através do estabelecimento da relação entre materiais, volumes e o tempo de reverberação e da Teoria do Som, respectivamente. Partindo para uma escala macro, com o desenvolvimento urbano e a expansão das cidades passa a haver maior preocupação com o controle de ruídos e qualidade ambiental, pois as