Introdução a segurança e saúde ocupacional

I – RESUMO HISTÓRICO Embora a idéia de prevenção de acidentes, tomada em seu sentido genérico, seja inata ao homem, desde os tempos primitivos, o sistema específico de prevenção de acidentes do trabalho tem uma história relativamente recente. Não faz muito tempo, o acidente e a doença profissional constituíam riscos inerentes ao próprio trabalho, que o homem fatalísticamente enfrentava como condições agregadas ao exercício de sua profissão. A segurança industrial esteve durante muito tempo circunscrito á aplicação de esparsas leis estatais, impondo normas para a instalação de certos maquinismos protetores. Deve-se á evolução industrial a ampliação do conceito de segurança. Seria muito temerário pretender determinar com precisão o momento em que o homem passou a preocupar-se com a problemática de se proteger contra acidentes e as enfermidades. Essa cautela, quase instintiva diante do senso de sobrevivência da espécie humana, norteava a conduta do homem primitivo, que observava algumas regras de higiene com a única finalidade de preservar e conservar sua saúde. A formação da sociedade, segundo alguns autores adeptos do contratualismo, resultou de um contrato social que promoveu, por si mesmo, a criação de castas. A mais ínfima era dos escravos. Nos tempos do antigo Egito, os trabalhadores agrícolas, como escravos, sujeitavam-se a deficientes condições sanitárias. Pesquisas arqueológicas localizaram esqueletos humanos fossilizados, em profundas galerias de minas, em posições incríveis, porque as dimensões da mina não eram superiores a 1 metro de altura por 80 cm de largura. Aliás, as primeiras informações referentes aos distúrbios causados por determinados trabalhos, datadas dos primeiros séculos da nossa era, referiam-se quase que exclusivamente ás enfermidades das mais dolorosas, que afligiam os trabalhadores em minas. Problemas como esse passaram a preocupar a preocupar civilizações posteriores, como a greco-romana. Como prova disso, Aristóteles