Introdução a radiotividade
Descoberta em 1896, pelo francês Henri Becquerel, a radioatividade é a capacidade que certos átomos possuem de emitir radiações eletromagnéticas e partículas de seus núcleos instáveis com o objetivo de adquirir estabilidade. Todo elemento químico com número atômico acima de 84 é naturalmente radioativo e tende a se transformar naturalmente no elemento chumbo adquirindo esta estabilidade.
Seu uso de forma pacífica tem sido cada vez mais abrangente nas diversas áreas do conhecimento humano. Na Radioterapia, por exemplo, no tratamento do câncer, seja por meio de Teleterapia ou da Braquiterapia, deu-se nova esperança de vida àqueles que foram submetidos a tal tratamento; na aricultura, para se evitar o desperdício e a infestação por microrganismos, utiliza-se a radiação para a conservação dos alimentos.
Seu uso ainda sofre muitos questionamentos pelo fato de ser nociva ao ser humano, pois dependendo da quantidade acumulada no organismo e do tipo pode provocar lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrintestinal, na medula óssea, etc., ocasionando por vezes a morte.
Os elementos radioativos, quando bem manipulados, podem ser úteis aos seres humanos. O césio-137, por exemplo, é muito utilizado em tratamento de tumores cancerosos. Este elemento foi bastante comentado em 1987, pois foi o causador de 59 mortes e 675 pessoas contaminadas devido a seu vazamento em Goiânia.
Desenvolvimento
A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias das instalações de um hospital abandonado foi encontrado, na zona central de Goiânia.
O instrumento deixado nas instalações de um hospital abandonado foi encontrado por catadores de um ferro velho do local, que pegaram a capsula para vender o chumbo. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas.
Foi no ferro-velho de Devair que a cápsula de césio foi aberta para o