Introdução Tumores do sistema nervoso central
Roseli da Silva
Orientadora: Sueli Mieko Oba-Shinjo
2014
1. INTRODUÇÃO
1.1. Tumores do Sistema Nervoso Central
Os tumores do sistema nervoso central (SNC) são considerados raros. De acordo com estudos epidemiológicos, a incidência mundial de tumores cerebrais primários é de cerca de 7 indivíduos a cada 100.000 habitantes por ano, representando aproximadamente 2% do total dos tumores primários (Furnari et al., 2007). A classificação destes tumores baseia-se na semelhança histológica da célula tumoral com sua contraparte normal, seja ela, embrionária, fetal ou adulta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece em sua classificação oficial mais de 120 formas de tumores do SNC (Louis et al.,2007). Entre estes, os mais comuns são os meningiomas e os gliomas, que juntos, representam 62% de um total de aproximadamente 227.000 tumores primários reportados no período de 2004 a 2007 pelo Centro de Registros de Tumores Cerebrais dos Estados Unidos (Dolecek et al., 2012). A distribuição dos tumores do SNC na população varia muito conforme a idade. Entre adultos, os mais comuns são os astrocitomas difusos, oligodendrogliomas e meningiomas. Já entre as crianças, há predomínio dos astrocitomas pilocíticos, ependimomas e meduloblastomas (Collins, 2004).
1.1.1. Gliomas
Os gliomas são os tumores do SNC mais frequentes derivados das células gliais, nas quais estão incluídos os astrocitomas, oligodendrogliomas, oligoastrocitomas e ependimomas. Os astrocitomas são os mais prevalentes, perfazendo aproximadamente 60% dos tumores primários do SNC (Louis et al., 2007; Chen et al., 2012).
Segundo a OMS, os astrocitomas são classificados de acordo com a presença de indicadores morfológicos: 1) atipia nuclear, 2) mitoses, 3) proliferação endotelial e 4) necrose (Louis et al., 2007). Desta forma, a graduação de malignidade tumoral é determinada pela presença do número de indicadores,