introdução Historia
No imaginário grego, as divindades são responsáveis por cada esfera da sociedade, não apenas como protetores do trabalho humano, mas desde o seu início ao seu fim natural. Esta é uma tarefa das moiras, divindades que condicionam o tempo que deve durar a vida. Assim como Tânatos e Hipnos, protetores dos portões que dão acesso ao mundo dos mortos, mediante o cumprimento dos ritos sagrados.
Contudo, a morte não se resume na permanência das almas no mundo subterrâneo ou na morada dos heróis, mas ela também compreendia um retorno ao mundo dos vivos, por meio da reencarnação, que se estabelecia pela passagem do rio lethe, que era o esquecimento da vida e do conhecimento anterior.
A vida post mortem segundo a mitologia vislumbrava um mundo dissociado da vida humana, pois as vivências anteriores eram determinantes para o destino final das almas. No mundo subterrâneo não havia possibilidade alguma de retorno das almas sem intervenção direta dos deuses, segundo nos diz Homero (século 9 a.C). Contudo o destino dos mortos privilegiados por suas vidas virtuosas, não era o submundo, mas Os Campos Elísios, que, de acordo com Virgílio, localizava-se no próprio reino de Hades. Já Homero afirma que ela se encontra na terra dos Cimérios, no centro da terra, ou perto do Olimpo, na morada dos deuses.
Portanto, a morte não é um fim, era apenas uma passagem, uma realidade transitória que dá acesso a um mundo eterno, de sofrimento ou de glórias, isso depende das ações dos homens e da sorte lançada a eles pelas