Introdução do texto - mercadores e banqueiros da idade media (jacques le goff)
> Limitações da temática
· Le Goff explica em sua introdução que houve uma exclusão dos documentos menos certos e considerados controversos entre os historiadores, sendo o caráter de seu trabalho neste livro dotado de ambições limitadas.
· Limitação geográfica: Jacques Le Goff construiu seu livro limitando-se apenas à Europa cristã, excluindo assim os muçulmanos e os bizantinos. Ele explica que isso se dá devido a falta de documentos sobre estes, que eram "gente mal conhecida". Todavia, o autor admite os laços entre as diversas civilizações devido ao comércio, que aproximou culturas e proporcionou uma grande troca de conhecimento entre a civilização ocidental o oriental, e que o mercador cristão deve suas fortunas, métodos, mentalidades e atitudes a esses povos.
· Limitação quanto ao ato do comércio: O estudo dos mercados, das rotas e dos instrumentos do comerciante não foram abordados com muito destaque, já que o objetivo geral do livro era estudar o mercador cristão em si, como também seu papel político, religioso e cultural, que os diferenciavam dos demais mercadores orientais. Houve maior preocupação no livro em abordar o mercador no quadro de sua cidade e o que ele fez de seu poder e fortuna fora do campo econômico.
· Limitação quanto ao tipo de mercador: Os pequenos mercadores (mercadores de retalho, vendedores ambulantes, etc) foram deixados de lado devido a escassa quantidade de fontes. Assim, os mercadores referidos no texto são os mercatores e negociatores. Homens de negócio e banqueiros, dotados de complexidade de interesses.
· Limitação quanto ao período estudado: Sendo o foco do texto destinado aos ditos "homens de negócio", foi fácilmente excluído o período da Alta Idade Média, já que assim se evitava confrontos de teses direcionadas a esse campo, como a polêmica da quantidade de mercadores na época e a importância destes, como também de sua natureza e nacionalidade, dentre