Introdução ao saber filosofico
CONCEITUAÇÃO
O termo filosofia é de origem grega e significa literalmente “amor à sabedoria” ou “amigo da sabedoria”. Em grego, φιλο (philo) = amor de amigo, amizade, e σοφία (sophia) = sabedoria. A palavra φιλο deriva do vocábulo φιλία (philia), que, em língua grega, traduz a expressão amor; na verdade, um dos sentidos da palavra amor, a amizade, o amor de amigo, amor fraterno. Segundo alguns autores, a palavra foi inventada por Pitágoras, pensador grego, que, certa vez, ouvindo alguém chamá-lo de sábio e considerando esse título muito elevado para si mesmo, pediu que o chamassem simplesmente de filósofo, φιλο (philo) = amigo e σοφός (sophos) = sabedoria, saber, sábio, isto é, amigo da sabedoria ou amante do saber.
Mas, o que é a sabedoria, a célebre sophia dos gregos?
A palavra sophia pode significar simplesmente a Verdade - aquilo que os gregos chamavam αλήθεια (alétheya). Outros entendem a sabedoria como a arte do bem viver. Enfim, a sabedoria como o sentido das coisas e de tudo, a razão existencial dos seres.
O filósofo Sócrates entendia a filosofia como a arte de bem viver, numa definição pragmática, eivada de moral, como todo o restante de sua doutrina, que está voltada para a realização plena do ser humano, a felicidade, fim supremo ao qual se destina.
O seu discípulo Platão afirmava que a admiração é o fundamento do processo filosófico e que a primeira virtude do filósofo é admirar-se, pois a admiração é a condição de onde deriva a capacidade de problematizar, o que marca a Filosofia como busca permanente da Verdade.
Já Aristóteles, gênio científico e sistematizador, definia a Filosofia como “o estudo das causas últimas de todas as coisas”, ou seja, a Filosofia não se contenta com a superficialidade, mas desce à profundidade e procura exaurir o tema abordado.
Descartes, filósofo francês da corrente racionalista, como matemático e estudioso da Lógica, reduziu a Filosofia à esfera da