Introdução ao livro de Gálatas
Resumo do Livro comentário expositivo de Gálatas – Hernandes D. Lopes
Sem dúvida a carta de Paulo aos Gálatas é sua epístola mais polêmica, totalmente apologética. Paulo havia evangelizado os gálatas, que alegremente receberam a palavra do evangelho, mas após algum tempo, os mestres judaizantes estavam imputando aos cristãos o dever de guardar a lei, para serem salvos ( At 15.1,5 ). Esta controvérsia judaizante foi o motivo do primeiro Concílio da Igreja, em Jerusalém ( At 15.1-35 ).
Graças a esta carta e a decisão do concílio de Jerusalém, a igreja não se dividiu em Judaica e Gentílica, mesmo com as distorções promovidas pelo sectarismo que minava a liberdade cristã, pregando opressivas teologias de salvação por intermédio de esforços humanos. Esta carta aos Gálatas foi chamada a “declaração da independência cristã”.
Esta epístola foi fundamental na história da igreja, ao lado da carta aos Romanos foi a base para a Reforma iniciada por Lutero, com a doutrina da justificação pela fé, combatendo os erros da Roma papal. João Wesley teve sua genuína experiência de conversão depois de vários anos nas lides da pregação, quando leu o prefácio dessa carta, escrita por Lutero. Na história da igreja ela se tornou “o grito de guerra da Reforma”.
AUTORIA
A autoria paulina da carta é um consenso entre os estudiosos, em razão das suas evidências internas e externas. Pela autobiografia de Paulo, sua intensidade na apresentação do seu testemunho, Paulo contrapõe aos judaizantes a marca da circuncisão com as marcas de Cristo que ele trazia no próprio corpo, e que eram por causa da sua fé em Cristo. Os principais pais da igreja nos primeiros séculos confirma esta autoria, assim como nos comentários de Orígenes, Jerônimo e Pelágio no século 4 e um grupo de escritores latinos no século 9.
PÚBLICO ALVO / DATA
O público da carta provavelmente são as igrejas do Sul da Galácia fundadas por Paulo e Barnabé quando de sua primeira viagem