Introdução ao estudos culturais

Caos nos estudos culturais

Multiculturalismo, multicultural, Différance, etnização, racialização, etnicidade. Termos, dentre outros, que Hall usa e abusa, deixa seus leitores perdidos e coloca uma “pulga atrás” da orelha de muita gente, principalmente aquelas que vêem a cultura como uma expressão social e histórica.

No seu texto “Questão Multicultural” extraído do livro “Da Diáspora”, Stuart Hall trás a tona a discussão das condições de emergência e existência do multiculturalismo, segundo Homi Bhabha, e os “efeitos transruptivos” da questão multicultural, segundo Barnor Hesse. É neste ponto que ele apresenta sua tese onde o multiculturalismo se faz existir. Trás para o âmbito político a discussão dos estudos culturais.

Hall levanta conceitos que parecem arraigados, mas que diante do contexto de re-configuração estratégica das forças e relações sociais em todo globo, tais como o Fim do sistema imperial europeu e das lutas pela descolonização e independência nacional, o Fim da Guerra Fria e a Globalização (com a compressão do tempo-espaço e da tendência muito forte de que a cultura dominante seria homogênea em todo globo) justifica o motivo de tantas quebras de paradigmas levantar questões como raça, etnia, globalização, hibridismo, etc.

A questão da Identidade é um termo que perpassa o seu texto e que podemos fazer um paralelo como o texto “Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual”. Como o próprio título sugere a discussão, entende-se de identidade como um ato histórico-relacional, marcada pela diferença, pelos símbolos. E é quando ele trata da globalização e a tendência anteriormente citada, é que percebemos a importância dessa visão do termo. A globalização tem como característica marcante a compressão do tempo-espaço, de forma a torná-lo homogêneo e do desarraigamento irregular das relações sociais e por processos de destradicionalização. O aspecto que não pode ser deixado de lado é que a identidade, fator que impede o que é