INTRODU O 12 HOMENS E UMA SENTEN A
Pichón Rivière começou a trabalhar com grupos à medida que observava a influência do grupo familiar em seus pacientes. Sua primeira experiência com grupo foi a Experiência Rosário (1958), onde Pichón dirigiu grupos heterogêneos através de uma didática interdisciplinar. Seguindo os conceitos da psicologia social, afirmou que o homem desde seu nascimento encontra-se inserido em grupos, o primeiro deles a família se ampliando a amigos, escola e sociedade. Portanto é impossível conceber uma interpretação de ser humano sem levar em conta seu contexto, ou a influência do mesmo na constituição de diferentes papéis que se assume, nos diferentes grupos por que passamos.
Outra contribuição importante na obra de Pichón é o conceito da Espiral Dialética, o qual pressupõe que na atmosfera de um grupo existem comportamentos explícitos representado entre outros fatores pelo tipo de liderança, papéis executados pelos membros, e tipo de comunicação que se estabelece; entre os comportamentos implícitos podem ser destacados os sentimentos de ansiedade, angústia, e medos universais vivenciados pelos componentes de um grupo.
Pichón desenvolveu, então, a técnica dos grupos operativos. Ele entende por grupo operativo aquele centrado em uma tarefa de forma explícita (ex.: aprendizado, cura, diagnóstico de dificuldade), e outra tarefa de forma implícita, subjacente à primeira. Dentro desta concepção, desenvolveu conceitos e instrumentos que possibilitam a compreensão do campo grupal como estrutura em movimento, o que deixa claro o caráter dinâmico do grupo, que pode ser vertical, horizontal, homogêneo, heterogêneo, primário ou secundário.
O objetivo da técnica é abordar, através da tarefa, da aprendizagem, os problemas pessoais relacionados com a tarefa, levando o indivíduo a pensar; o indivíduo "aprende a pensar", passando de um pensar vulgar para um pensar científico. A execução da tarefa implica em enfrentar alguns obstáculos que se referem a uma desconstrução de