Intolerância religiosa
A Constituição da República consagra no artigo 5º, inciso VI, o direito fundamental à liberdade de religião. Esse direito, em sua versão clássica, tem como conteúdo o dever do Estado de não interferir na religião das pessoas e, nem mesmo, restringir a prática desta religião. O interessante é que a liberdade de religião também compreende o ateu, a escolha de não ter religião
Há quem diga que religião, esporte e política são assuntos indiscutíveis.
Isto é porque nestes assuntos cada um tem a sua própria opinião e mesmo quando as preferências são as mesmas ainda podem existir (e normalmente existem) nuances que diferenciam os pontos de vista.
Até aí não vejo problema nenhum. O problema começa quando alguém quer convencer o outro que a sua opinião é a correta e as outras são as erradas.
Infelizmente vejo isto com muita frequência nos assuntos religiosos.
A diversidade de opiniões gerou milhares de religiões espalhadas pelo mundo. Mas para efeito de didático vamos a um exemplo prático.
A partir do Catolicismo surgiu o Protestantismo através de Martinho Lutero. Então, fora do Catolicismo, havia uma religião Protestante. A partir desta religião inúmeras outras surgiram e todas elas a partir de diferenças de pontos de vista.
Não estou aqui com a menor intenção de descaracterizar nenhuma religião. Todas elas tem o meu mais profundo respeito.
Vejo com um intenso pesar as manifestações (que eu chamo de ridículas) que visam apenas denegrir a crença dos outros pois isto é uma falta de respeito muito grande.
As vezes vivo esta falta de respeito por ser Umbandista. E esta falta de respeito vem de todos os lados (religiosos e ateus). Os profitentes de outras religiões acreditam que eu estou perdido e os ateus acreditam que sou idiota. Alguns outros me olham com medo, como se eu fosse capaz de (ou tivesse poder para) fazer algum mal só no olhar.
Vi, alguns dias