Intervenções na prática pedagógica
A Pedagogia ao longo de sua existência vem passando por uma série de transformações e/ou ajustes. Estes desencadeados pela constante mutação pela qual a sociedade sofre. Se no passado todo o saber e conhecimento ficava concentrado tão somente na figura do professor, hoje, na sociedade contemporânea, é por demais discutível. A simples menção ao educador como um “oráculo do saber” torna-se algo passível de divergências. O professor, ao colocar-se como centro do saber, subjugará seu corpo discente, tornando-os meramente depósitos de informações. Estas que sem sofrerem nenhuma interferência formarão futuros sujeitos parcos de questionamentos e/ou senso crítico. Poderemos indagar que, o professor, ao fazer uso de um discurso centralizador demonstrará no seu âmago uma profunda insegurança ou até mesmo um espírito de autoritarismo. Um estudo mais aprofundado acerca desses aspectos nos faria adentrar no universo da Psicologia. Entretanto, o que se discute nos dias atuais é a perfeita interação entre professor e aluno, educador e educando. Pois para a formação de sujeitos aptos intelectualmente faz-se necessário o uso da troca de ideias e conhecimentos entre os dois agentes que compõem a sala de aula. O professor nesse momento torna-se o facilitador do conhecimento. De posse de um conhecimento sistematizado, fazendo uso da correlação entre conceitos e seus usos no cotidiano, adentrando na interdisciplinaridade de temas, o professor será capaz de despertar em seus alunos a formação de capacidades que os levarão a questionamentos e inferências. As intervenções, portanto, se estabelecerão na medida em que houver respeito mútuo e confiança entre docentes e discentes. O educador deverá observar todas as nuances, toda a gama de diversidade que constitui a sala de aula. Tornar-se acessível e aproximar-se das diferentes particularidades do seu alunado. Interagir e deixando-os livres à interação.