Intervenção Psicopedagógica: Avaliação
QUEIXA
Em nossas observações como Psicopedagogas, nos deparamos com os insucessos das escolas para com as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita, e se sentindo desmotivadas, deixam seus pais e professores descrentes de suas reais capacidades.
É necessário que o educador se desfaça de seus “pré-conceitos” em relação ao “aluno-problema”, encarando-o como alguém com métodos de aprendizagem diferenciados e proporcionando-lhes meios de melhor evoluir seu pensar. A escuta psicopedagógico de uma queixa requer uma postura responsável, porém descontraída, sem demonstrar surpresa, temor, repulsa ou qualquer outra emoção relacionada à história que está sendo contada. As informações ouvidas pelo psicopedagogo devem ser apreendidas apenas no que diz respeito ao sintoma (como o problema da aprendizagem se expressa). Outros dados devem ser anotados: a idade do sujeito, a escola que estuda e o turno, pois outras informações contaminam o psicopedagogo comprometendo o processo diagnóstico. Delineado o sintoma passa-se para o processo da análise e reflexão das falas do relator, estas serão úteis em vários momentos da investigação, pois determinadas frases são carregadas de significados que estão relacionados a aprendizagem dos pais e do próprio sujeito. Entretanto, não se devem fazer conclusões precipitadas como afirma Weiss (2001, p.47)... é fundamental, durante a queixa, iniciar-se a reflexão sobre as duas vertentes de problemas escolares: o sujeito e sua família e a própria escola em suas múltiplas facetas, para se definir a sequência diagnóstica bem como as técnicas a serem utilizadas
Nossa primeira observação do problema de N, veio da Mãe, que relatou: “o menino não gosta de estudar, porem gosta muito de Jogar bola.”
“N esta com nove anos e um mês e não sabe ler. Seu problema é que mão conhece bem as letras e, portanto, não entende o que