intervenção dos estados unidos no panama
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Navegando pelo canal do Panamá
O acordo com a Grã-Bretanha
Pode-se considerar que um dos maiores obstáculos à construção de um canal que ligasse o Oceano Atlântico ao Pacífico, por parte dos norte-americanos, era a presença inglesa no Caribe. A Grã-Bretanha era ainda senhora de numerosas possessões na região, tais como as ilhas Bermudas, Bahamas, Virgens Britânicas, Antígua, Trinidad-Tobago e uma base naval nas Honduras Britânicas (atual Belize). Assim, qualquer projeto ambicionado por parte dos norte-americanos naquela região estratégica implicava em algum tipo de entendimento com os ingleses.
Como resultado desse impasse, ambos firmaram o Tratado Clayton-Bulwer, pelo qual concordavam em não construir um canal sem a mútua participação ou consentimento.
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A Grã-Bretanha se fazia presente em Belize
A empresa de Ferdinand de Lesseps reprodução
Ferdinand Lesseps fracassou no Panamá
Na medida em que se prolongava a indecisão de ambos e a Inglaterra se mostrava desinteressada em envolver-se numa obra daquele vulto, coube ao engenheiro francês Ferdinand de Lesseps, o construtor do Canal do Suez, obter a concessão para sua construção junto ao governo da Grã-Colômbia, em 1879. Desgraçadamente para Lesseps, após uma série de erros técnicos, a sua companhia faliu, dez anos depois, após ter consumido 250 milhões de dólares sem nenhum resultado. Demonstração de que o colonialismo francês, já no final do século XIX, não suportava arcar com obras de tal dimensão1. Em 1894, um engenheiro da antiga companhia de Lesseps fundou a Compagnie