Intervençoes não farmacológicas na resposta ao tratamento de pacientes com esquizofrenia
Aline M. Maciel; Daniel A. M. Fonseca; João Octavio; Gabriela C. Garófalo; Núbia N. Araujo.
RESUMO
A esquizofrenia atualmente constitui uma das mais graves doenças psiquiátricas. Os estudos sugerem uma prevalência aproximada de esquizofrenia para um ano na ordem de 1,0%. Os sintomas mais característicos da esquizofrenia são divididos em: sintomas positivos, negativos, cognitivos, e afetivos. As bases para o tratamento dessa doença assentam-se sobre as drogas antipsicóticos e as abordagens psicossociais. O tratamento multidisciplinar é realizado tanto ao paciente quanto aos seus familiares, já que a família se torna uma extensão do doente, contribuindo no manejo desta psicose. As abordagens psicossociais compreendem um conjunto de ações capazes de proporcionar ao paciente melhor integração social, profissional e, consequentemente, melhor qualidade de vida, considerando os limites impostos pela doença. Observou-se ainda que os familiares de portadores de esquizofrenia que recebem atendimento se sentem acolhidos, respeitados e valorizados porque seus conhecimentos e experiências são reconhecidos.
DESCRITORES
Esquizofrenia. Apoio familiar. Intervenções não farmacológicas.
INTRODUÇÃO
O primeiro relato da esquizofrenia ocorreu no século XIX recebendo o nome de demência precoce por Emil Kraepelin (1856-1926) porque começava no início da vida e quase invariavelmente levava a problemas psíquicos (SILVA, 2006).
Eugen Bleuler (1857-1939) criou o termo “esquizofrenia” (esquizo = divisão, phrenia = mente) que substituiu o termo demência precoce na literatura. Bleuler conceitualizou o termo para indicar a presença de uma cisma entre pensamento, emoção e comportamento nos pacientes afetados (SILVA, 2006). Bleuler descreveu sintomas fundamentais (ou primários) específicos da esquizofrenia que se tornaram conhecidos como os quatro “As”: associação frouxa de idéias, ambivalência,