IntertextualidadeTexto5
4539 palavras
19 páginas
Um olhar intertextual em:Navegar é preciso, viver não é preciso
Cadernos de
Pós-Graduação
em Letras
Edgard Belle
Aluno do Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Letras da
Universidade Presbiteriana Mackenzie
RESUMO
O processo intertextual e dialógico na constituição da idéia “Navegar é preciso, viver não é preciso.” em diferentes contextualizações dentro de sua existência histórica.
Palavras-chave: Intertextualidade. Dialogismo.
Diretamente temos como objetivo, demonstrar um pouco do que tem sido conhecida por intertextualidade, um processo lingüístico, e porque não também de construção da chamada Cultura Humana, onde pequenos fragmentos fundem-se fazendo um todo muito maior que o somatório das partes antes envolvidas. Assim sendo, poderíamos tomar quaisquer “sentidos ou fragmentos” (JENNY, 1979, p. 5), que de alguma forma, seja pelo código utilizado ou pelo conteúdo apresentado estaríamos fazendo um exercício intertextual. A questão assim caberia na profundidade de imersão contida no “decodificador”, entendendo-o não como um simples decifrador fonético, mas, sobretudo, como um integrador e “reconstituidor” de sentido(s) (JENNY, 1979,
p. 6). A intertextualidade está assim ligada ao “conhecimento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos.
Arriscaríamos dizer que, deste ângulo, a questão ganha uma perspectiva praticamente infinita, o que poderia para muitos teóricos, adversos à questão semiótica, soar pelo excesso de subjetivismo como impreciso e pouco “acadêmico”. Mas o que seríamos nós, amantes e estudiosos da Arte, sem a fonte simbólica? Certamente, prisioneiros platônicos diante de um universo unifocal.
Teóricos costumam identificar tipos de intertextualidade 2 (KOCH;
TRAVAGLIA, 1989, p. 88-89), entre os quais se destacam:
MACKENZIE
91
Cad. de Pós-Graduação em Letras
São Paulo, v. 3, n. 1, p. 91-103, 2004.
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