Interpretação de texto
Com a lâmpada do Sonho desce aflito
E sobe aos mundos mais imponderáveis,
Vai abafando as queixas implacáveis,
Da alma o profundo e soluçado grito.
Ânsias, Desejos, tudo a fogo, escrito
Sente, em redor, nos astros inefáveis.
Cava nas fundas eras insondáveis
O cavador do trágico Infinito.
E quanto mais pelo Infinito cava mais o Infinito se transforma em lava
E o cavador se perde nas distâncias...
Alto levanta a lâmpada do Sonho.
E como seu vulto pálido e tristonho
Cava os abismos das eternas ânsias!
1. O eu lírico do texto vive um drama existencial, representado pela ação de cavar o infinito. A propósito da 1ª estrofe do soneto, responda.
a) Que verbos sugerem a ação de cavar?
R: Os verbos “desce” e “sobe”
b) Que instrumento o eu lírico utiliza para cavar o infinito?
R: A lâmpada do sonho
2. De acordo com o texto, o eu lírico, enquanto cava, abafa queixas e gritos da alma. Observe que na escavação do infinito; o eu refere-se a “Sonho”, “Ânsias” e “Desejos” e, na ultima estrofe, diz cavar “os abismos das eternas ânsias”.
a) O que supõem ser o “infinito” cavado?
R: A algo sem fim, onde o eu esta a procura de si mesmo.
b) O que provavelmente o eu lírico busca encontrar?
R: A resposta para a sua angustia pessoais de um autoconhecimento.
c) De a acordo com a 3ª estrofe, pode-se dizer que o eu lírico encontrou o que procura?
R: Não. Pois o infinito se transforma em lava.
3. Releia a ultima estrofe e com base nela responda:
a) E possível afirma que o processo de escavação terminou ou continua? Por quê?
R: Continua. Pois esta novamente com a lâmpada do sonho em suas mãos, onde ele continua cavando.
b) Que sentimento acompanha o eu lírico nesse processo?
R: Sentimento de tristeza, conforme o poema aponta expressões como “Vulto pálido e tristonho”.