Interpretação da música Acorda Amor(Chico Buarque)

Em ACORDA AMOR, Chico Buarque demonstra, através de mensagens subliminares, como era a vida numa época em que aqueles que prometem nos proteger são aqueles a quem devemos temer.
"Acorda amor" - Chico faz referência ao povo, dizendo "Acorda!" para que as pessoas percebessem o que estava acontecendo bem diante de seus narizes, uma vez que a maioria das pessoas, no início, não tinha noção do que faziam os ditadores.
"Eu tive um pesadelo agora" - Tal absurdo (líderes censurando informações, pessoas perdendo por completo sua liberdade, torturas diárias por parte do governo, etc.) parece ser coisa tão ruim que só poderia acontecer em um pesadelo.
"Sonhei que tinha gente lá fora / Batendo no portão, que aflição" - Esses são os militares entrando nas casas das pessoas, sem pedir licença, acordando-os, raptando-os, e torturados sob o mínimo sinal de suspeita em relação a algo desaprovado pelo governo.
"Era a dura [...]" - Com "DURA", Chico se refere à "ditaDURA".
"[...] numa muito escura viatura / Minha nossa santa criatura" - As pessoas eram levadas a crer que uma viatura é sinal de segurança, pois os policiais estão aqui para nos proteger quando na verdade era o contrário, pois os invasores eram justamente esses da viatura.
"Tem gente já no vão da escada / Fazendo confusão, que aflição" - Alguns já estavam acordando daquilo que não era pesadelo e protestando
"São os homens" - "homens" seriam os policiais.
"E eu aqui parado de pijama" - Apesar de tudo o que estava acontecendo, muitos não faziam nada, apenas ficavam ali parados.
"Se eu demorar uns meses, Convém, às vezes, você sofrer" - Havia a possibilidade da pessoa, mesmo capturada pelos ditadores, estar viva.
"Mas depois de um ano eu não vindo" - Depois de um tempo, era quase certo que a pessoa havia sido morta.
"Acorda amor / Que o bicho é brabo e não sossega" – Chico pede para que o povo acorde, pois os ditadores e não vão parar, pelo contrário, continuarão até que as pessoas façam algo a respeito.
"Se