Interpretaçao livre do texto "O Conto da Ilha perdida"
PSICOLOGIA E DESENVOLVIMENTO HUMANO
PROFESSOR: Liliane Peixoto Amparo
ALUNO: Bianca Souza de Lima
TRABALHO: Interpretação livre do texto “O Conto da Ilha Desconhecida” de José Saramago.
Em “O Conto da Ilha Desconhecida” (1998) de José Saramago, um homem vai até a casa do Rei para pedir um barco. A casa do Rei tinha muitas portas: a das petições, à qual o homem foi bater; a dos obséquios, onde se encontrava o Rei na maior parte do tempo, para receber os tais obséquios; a das decisões, etc. Quando alguém chegava para bater na porta das petições, o Rei fazia-se de desentendido, e só quando o barulho da aldraba se tornava insuportável, o povo começava a reclamar seus direitos e por conseqüência, alguma atitude era tomada. Contudo, havia toda uma burocracia que sustentava o processo das petições. O Rei ordenava ao primeiro-secretário que abrisse a porta, este repassava a ordem ao segundo-secretário, que a repassava ao terceiro, deste para o primeiro-ajudante, e por aí afora, até que, a mulher da limpeza enfim abriu uma nesga da porta para o homem e perguntou: “Que é que tu queres?” Porém, o homem, em lugar de pedir, como era o costume de todos, respondeu que queria falar ao Rei. Mesmo quando a mulher explica que o Rei não poderia ir até lá, ele insiste, dizendo que não sairia dali enquanto o Rei não chegasse para ouvir dele o que ele queria. E, como se não bastasse a audácia de exigir a presença do Rei, ele se deitou no limiar, tapando a entrada das pessoas, e assim, ninguém mais podia se aproximar e declarar seus pedidos.
Neste primeiro momento da estória, o aspecto psicológico que sobressai é a metáfora da figura do pai. O Rei representa a figura paterna, ele é o detentor do poder, e atende ao desejo do filho. O desejo do filho é adquirir um barco e, a função do pai é ir até a porta receber o pedido e dar o veredicto (sim ou não). Mas nesse caso o filho não fez o pedido, obrigou o pai a ir ao seu encontro, para fazê-lo pessoalmente. O pai