Internacionalista
Panorama Atual do MERCOSUL – principais indicadores socioeconômicos, dilemas de integração, e posicionamento na esfera internacional.
A criação do Mercosul a partir do Tratado de Assunção abriu novas possibilidades e desafios para a integração dos países do Cone-Sul. Tratava-se de um projeto mais amplo que não tivesse somente a preocupação com as questões econômicas comerciais, mas sim, uma integração mais global abrangendo a cultura, a política e a cidadania.
Desta forma, o Tratado de Assunção definiu a integração de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai através de alguns pontos básicos. São eles: a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos; o estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum; a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais; e a harmonização de legislações nas áreas pertinentes. Esses seriam os fatores para alcançar o fortalecimento do processo de integração. O que gerou uma expectativa muito positiva em relação ao futuro do bloco, com a integração econômica e a consolidação da democracia configurando a centralidade o nascente projeto regional.
Porém, verifica-se que apesar dos avanços relativos às trocas comerciais entre os países membros, especialmente Brasil e Argentina muitos ainda são os desafios, entre eles o da livre circulação de fatores produtivos, mais especificamente de trabalhadores.
Este talvez seja o passo mais decisivo e mais complexo a ser dado no rumo da integração. Não somente por que pressupõe um alto grau de integração, mas também pelas pressões estruturais que o processo de mundialização tem exercido sobre o mundo do trabalho.
As disparidades econômicas e sociais entre os países membros do Mercosul, colocam lado a lado duas economias complexas como Brasil e Argentina e duas economias com menor nível de industrialização como Uruguai e Paraguai. Aliado a isto as disparidades no que tange as legislações laborais destes