intermédio história
A Europa e o Mundo no limiar do séc. XX
A. Portugal: da 1ª República à ditadura militar
1. Crise e queda da Monarquia
O clima de crise: o descontentamento das classes médias e do operariado
Entre 1890 e 1892, a Europa viveu uma crise económico-financeira, que também se refletiu em Portugal. Os sinais e consequências desta crise foram: a falência de bancos e de empresas; o aumento da dívida pública; a desvalorização da moeda e inflação; aumento dos impostos; agravamento das condições de vida da população (sobretudo das classes médias e do operariado); aumento do desemprego; manifestações e greves.
Difusão das doutrinas socialistas e republicanas
Face ao descontentamento que se vivia em Portugal, formaram-se 2 partidos políticos, na década de 70: os partidos Republicano e Socialista.
Apoiantes do republicanismo: pequena e a média burguesia, o operariado e sociedades secretas revolucionárias, como a Maçonaria e a Carbonária, que criticavam a corrupção política, a monarquia e o clero.
O partido Socialista não teve muitos apoiantes. Este partido criticava a sociedade capitalista e não aceitava a propriedade privada dos meios de produção.
O clima de descontentamento foi agravado pela forma como a Monarquia reagiu ao Ultimato inglês fazendo a população sentir que se tratara de uma humilhação por Portugal ter facilmente cedido aos interesses ingleses – a monarquia estava cada vez mais desacreditada. Este facto contribui para a adesão aos novos partidos políticos e para a 1ª tentativa de derrube da monarquia, em 31 de Janeiro de 1891, no Porto.
A revolução republicana
A ditadura de João Franco (1907) agravou o descontentamento e, em 1908, deu-se o regicídio: o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, foram assassinados em Lisboa. D. Manuel II sucedeu no trono, e apesar de mais liberal, não conseguiu impedir o crescimento do republicanismo.
No dia 5 de Outubro de 1910, a revolução