Interferências do homem no meio ambiente
INTRODUÇÃO
O Brasil tem acompanhado recentes e tristes cenas de deslizamentos, soterramentos e enchentes em diversas cidades. Estes fenômenos naturais têm causado prejuízos materiais e humanos, haja vista o número de mortos em cada ocorrência, e tem origem, na maioria das vezes, na ação do homem sobre o meio ambiente.
A cena é repetitiva: a cada chuva, as mesmas áreas são alagadas, resultado, na maioria das vezes, do acúmulo de lixo nas galerias pluviais. A força da água somada à sujeira fez transbordar as lagoas de captação inundando ruas e casas.
O FENÔMENO CRESCE
A inundação urbana é uma ocorrência tão antiga quanto qualquer aglomeramento urbano. Ocorre quando as águas dos rios, riachos, galerias pluviais saem do leito de escoamento devido a falta de capacidade de transporte de um destes sistemas e ocupa áreas onde a população utiliza para moradia, transporte, recreação, comércio, industria, entre outros.
Estes eventos podem ocorrer devido ao comportamento natural dos rios ou ampliados pelo efeito de alteração produzida pelo homem na urbanização, pela impermeabilização das superfícies e a canalização dos rios.
Quando a precipitação é intensa e o solo não tem capacidade de infiltrar, grande parte do volume escoa para o sistema de drenagem, superando sua capacidade natural de escoamento.
O excesso do volume que não consegue ser drenado ocupa a várzea inundando de acordo com a topografia das áreas próximas aos rios.
Na medida em que a população impermeabiliza o solo e acelera o escoamento através de condutos e canais a quantidade de água que chega ao mesmo tempo no sistema de drenagem aumenta, produzindo inundações mais freqüentes do que aquelas existentes quando a superfície era permeável e o escoamento se dava pelo ravinamento (*) natural.
As inundações ribeirinhas têm sido registradas junto com a história do desenvolvimento humano. As inundações devido a urbanização tem sido mais freqüente