Interdisciplinaridade, transversalidade e contextualização
Rita Aparecida da Silva
De acordo com Mello (2010) e com base no Parecer CNE/CEB nº 07/2010, nas competências a serem constituídas na Educação Básica, as escolas devem considerar os princípios pedagógicos estabelecidos nas normas curriculares nacionais: a interdisciplinaridade, a transversalidade e contextualização, a integração de áreas em projetos de ensino, que constituem hoje mandados ou recomendações nacionais.
A interdisciplinaridade pode ser entendida como uma abordagem teórico-metodológica que consiste no trabalho de integração das diferentes áreas do conhecimento, num real trabalho de cooperação e troca, aberto ao dialogo e ao planejamento. Nesse sentido, vale ressaltar que a interdisciplinaridade implica a transcendência de métodos de uma disciplina para outra, ultrapassando-as sem perder sua finalidade disciplinar. Por meio dessa abordagem interdisciplinar ocorre a transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas.
Já a transversalidade deve ser compreendida como meio de organizar o trabalho didático-pedagógico, integrando temas e eixos temáticos às disciplinas. Esta distingue-se da interdisciplinaridade e, ao mesmo tempo, as duas complementam se, uma vez que, ambas rejeitam a concepção de realidade estável e imutável. A transversalidade norteia para a instituição, na prática educativa, de conexão entre os conhecimentos sistematizados e as questões da vida real.
Assim, numa concepção interdisciplinar do conhecimento, a transversalidade consiste em uma proposta didática que permite integrar os conhecimentos escolares. Nessa perspectiva, a gestão do conhecimento entende os sujeitos como agentes da problematização e buscam, na interdisciplinaridade, o diálogo entre diferentes sujeitos, ciências, saberes e temas. Em síntese, a interdisciplinaridade e o exercício da transversalidade ou do trabalho pedagógico colaboram para que a escola cumpra seu papel de formar sujeitos