Interdisciplinar
O TRABALHO INDÍGENA NAS MISSÕES E NO DIRETÓRIO POMBALINO NA AMAZÔNIA, PARTICULARMENTE, NA REGIÃO QUE COMPREENDE O ATUAL ESTADO DO AMAPÁ.
Breve histórico sobre a ocupação da Amazônia.
Primeiras expedições
Na época dos grandes descobrimentos, a Região Norte foi explorada por espanhóis, franceses, holandeses e ingleses. Os portugueses só chegaram a essa região no início do século XVII. Fundaram fortes ou se apropriaram de outros que já existiam no local e expulsaram os estrangeiros.
De acordo com o Tratado de Tordesilhas (1494), a maior parte do território que hoje representa a região Norte pertencia à Espanha. Apenas uma pequena parte, próxima ao Oriente, era possessão de Portugal. Para compreendermos melhor a história desse período, vamos analisar as expedições pioneiras à região.
A partir da expedição de Vicente Yañes Pinzón (1500), descobridor da foz do Rio Amazonas, até por volta de 1570, cerca de 24 expedições espanholas tentaram penetrar na Amazônia. Duas delas, a de Francisco de Orellana, em 1542, e a de Pedro de Ursua Lopo de Aguirre, em 1560—1561, percorreram totalmente a calha do Solimões— Amazonas. Antes dessas expedições, entretanto, houve uma que percorreu o Solimões até próximo da região entre os rios Tefé e Coari (Província de Machifaro): trata-se de um desdobramento da malograda expedição de Alonso Mercadillo, que partiu do Peru, em 1537, rumo à região dos índios chupacho e iscaicinga, nas vertentes orientais dos Andes. Diogo Nunes, um mameluco português, participou dessa expedição. Ele passou sua vida no Brasil e registrou as primeiras notícias sobre esse território na “Carta de Diogo Nunes a D. João III”, rei de Portugal.
EXPEDIÇÃO DE FRANCISCO DE ORELLANA
Os espanhóis, depois de conquistarem o Peru (1532) com a ajuda das tropas de Francisco Pizarro, interessaram-se por notícias a respeito de duas regiões fabulosas:
O El Dourado e o País da Canela, que se transformaram em símbolos da utopia americana,