Interações medicamentosas de fitoterápicos e fármacos
O álcool foicronologicamente o primeiro fator a ser associado ao desenvolvimento da doença e a sua responsabilidade na causalidade da cirrose hepática, a mais exaustivamente estudada.Como tal, nos E.U.A estima-se que há pelo menos 10 milhões de alcoólicos, representando cerca de 6 a 7% da população adulta. Neste país, E.U.A., a hepatopatia crónica é a 10ª causa mais comum de morte em adultos, sendo a cirrose alcoólica responsável por cerca de 40% das mortes por cirrose.A ingestão de bebidas alcoólicas é um hábito enraizado na nossa cultura, sendo o álcool a droga de abuso mais frequente em Portugal. Em 2002, cada português ingeriu em média 9,8 litros de álcool puro. Podemos, contudo, verificar que a tendência tem sido para a redução do consumo, pois esta era em média de 11,3 litros em 1997 e de 10,8 litros em 2000. Numa análise retrospectiva efectuada num serviço de Medicina Interna Durante 12 anos, verificou-se que, em 7,8% dos internamentos, os diagnósticos principais e/ou secundários são relacionados com o álcool.
Apesar da relação entre a ingestão de álcool e a doença hepática ser conhecida há mais de 200 anos, o facto é que apenas 10 a 15% dos alcoólicos desenvolvem cirrose hepática. A relação entre consumos elevados (160 gramas/dia) e prolongados (8 anos) de álcool e cirrose hepática foi já bem documentada, mas a verdade é que existem dados que mostram um aumento do risco relativo de cirrose hepática desde valores tão baixos como 10 gramas/dia nas mulheres e 20 gramas/dia nos homens. Dados disponíveis de 2001 referem um risco aumentado de cirrose hepática a partir de 30 gramas de álcool/dia ou um consumo total durante a vida de 100 Kg de álcool. O padrão de ingestão alcoólica é relevante, a ingestão diária e continuada parece ser mais deletéria do que consumo intermitente. O consumo é maior nos países produtores, como é o caso de Portugal. O consumo em Portugal é problemático mas com novas nuances: início do consumo em idades muito precoces,