Interação parasito – hospedeiro – resistência bacteriana
Introdução O estudo da imunologia, um amplo campo que abrange pesquisas básicas e aplicações clínicas, trata das reações de defesa do hospedeiro contra substâncias estranhas, conhecidas como antígenos, das moléculas de reconhecimento de antígenos e das fuções de defesa do hospedeiro mediadas por células, particularmente quando relacionadas com a imunidade a doenças, hipersensibilidade(incluindo alergia), auto-imunidade, imunodeficiência e transplantes.
Desenvolvimento
A palavra infecção deriva do verbo latino inficere, que significa “impregnar”. Do ponto de vista biológico, infecção é uma forma de relação microbiota-hospedeiro que consiste na implantação e na colonização de microrganismos em hospedeiros altamente organizados. Por “colonização”, devemos entender a aderência, a adaptação ecológica, o crescimento celular e a posterior multiplicação (desenvolvimento populacional) de microrganismos no tecido infectado. O termo “microrganismos” abrange bactérias, fungos microscópicos, algas microscópicas, proto- zoários e vírus, embora alguns autores não aceitem os vírus como microrganismos, pois não apresentam organização celular nem metabolismo próprio . Por outro lado, de acordo com a concepção original, a expressão “hospedeiros altamente organizados” restringe-se a animais e vegetais superiores, embora tenha sido demonstrado, posteriormente, que células bacterianas, que também apresentam elevado grau de organização, também podem ser infectadas por vírus específicos denominados bacteriófagos.
É fundamental repararmos que o conceito de infecção refere-se exclusivamente à colonização microbiana no hospedeiro, possibilitando-nos concluir que nem sempre infecção implica doença, dano, lesão ou prejuízo para o hospedeiro. O Ecossistema Bucal, a superfície de nossa pele, de nossos dentes e de várias das nossas mucosas são habitats, são nichos ecológicos de um grande número de microrganismos. Isto