Interação Gênica
É o fenômeno denominado interação gênica consiste o processo pelo qual dois ou mais pares de genes, com distribuição independente, condicionam, conjuntamente, um único caráter.
Como exemplo de interação gênica não epistática, vamos considerar a forma das cristas em galinhas, que pode manifestar-se com quatro fenótipos diferentes: ervilha, rosa, noz e simples.
Vários cruzamentos entre essas aves permitiram concluir que o caráter em questão depende da interação entre dois pares alelos: R e E. Cada um desses pares apresenta um gene que atua como dominante (R ou E) em relação ao seu alelo recessivo (r ou e). Os experimentos demonstraram o seguinte tipo de interação: crista ervilha: manifesta-se na presença do gene E, desde que não ocorra o gene R. crista rosa: manifesta-se na presença do gene R, desde que não ocorra o gene E. crista noz: manifesta-se quando ocorrem os gene E e R. crista simples: manifesta-se na ausência dos genes E e R.
Assim, podemos considerar os seguintes genótipos para os quatro fenótipos existentes:
FENÓTIPOS
GENÓTIPOS crista ervilha
EErr ou Eerr crista rosa eeRR ou eeRr crista noz
EERR, EERr, EeRR ou EeRr crista simples eerr EPISTASIA
A epistasia constitui uma modalidade de interação gênica na qual genes de um par de alelos inibem a manifestação de genes de outros pares. Note que o chamado efeito epistático é semelhante aquele observado na dominância completa entre dois genes alelos; na epistasia, porém, a dominância manifesta-se entre genes não alelos. Dá-se o nome de genes epistáticos aos que impedem a atuação de outros, denominados hipostáticos.
Consideremos o tipo de galinhas da raça Leghorn, um exemplo clássico de epistasia. Nessas aves existe um gene C, dominante, que condiciona plumagem colorida. Logo, os indivíduos coloridos devem ter genótipos CC ou Cc. Ocorre, porém, que existe um gene dominante I, epistático em relação a C. Assim, para possuir plumagem colorida, uma ave tem que ser portadora