Interação dos níveis de leitura
Não há uma hierarquia entre os níveis de leitura. Entretanto, a tendência é de que a leitura sensorial anteceda a emocional e tenhamos, por fim, a leitura racional. Também não se deve supor a existência isolada de cada um desses níveis. Interessante é que mesmo que o leitor esteja se propondo uma leitura a um certo nível, é a interação de sua relação com o texto que vai determinar o nível preponderante. Ressaltamos que, há tantas leituras quantos são os leitores – há também uma nova leitura a cada aproximação do leitor com um mesmo texto, há uma abertura de novos horizontes criando possibilidades para reflexões e recriações correspondentes ao processo dessa apreensão da realidade que cerca o indivíduo. Essa realidade se manifesta ao leitor de várias linguagens. O que se observa na prática, é que a escola tem se preocupado nesse processo, mas ainda está restrito esse conhecimento sendo a função básica da escola ensinar a ler e escrever.
Para se efetivar, a leitura precisa preencher uma lacuna em nossa vida, vir ao encontro de uma necessidade (vontade de conhecer mais). A isso se acrescentam os estímulos e os percalços do mundo exterior, suas exigências e recompensas. A leitura constitui um fator decisivo de estudo, pois proporciona a ampliação de conhecimento, a obtenção de informações básicas, a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do pensamento, o enriquecimento de vocabulário e a melhoria dos conteúdos e obras literárias.O fascínio é tão grande, que há quem consiga ler um livro em lugares que não é muito recomendável para uma boa leitura. Enfim, cada um precisa buscar seu jeito de ler e aprimorá-lo para a leitura se tornar cada vez mais gratificante.
Não basta ler uma, duas, ou até três vezes o mesmo texto. É preciso parar para analisá-lo, criticá-lo, discuti-lo, questioná-lo, anotá-lo, sublinhá-lo, retê-lo, refraseá-lo mentalmente e, quando necessário, em resumos escritos; é preciso captar com