Interacção conjugal
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E
POLÍTICAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM
MEDIAÇÃO FAMILIAR
MÓDULO – INTERACÇÃO CONJUGAL
Trabalho para Avaliação –30 de JUNHO de 2010
O CASAL, A FAMÍLIA E A MEDIAÇÃO
Filomena da Conceição Nascimento Simões da Costa
Aluna N.º 8280
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INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea, constitui um território de diversidade e, nessa qualidade aloja uma grande variedade de formas de família (nuclear, reconstituída, monoparental, homossexual). Consequentemente, sociólogos e cientistas sociais, na actualidade, têm encontrado no desenvolvimento das suas investigações, alguma dificuldade na separação de elementos comuns aos vários tipos de organização familiar. No entanto, em 1993, Singly caracterizou este tipo de sociedade, referindo três aspectos fundamentais: “Maior dependência da família face ao estado. Maior independência face à rede de parentes. Maior importância do indivíduo nas relações familiares”1.
Consideramos aqui a família numa perspectiva sistémica2, onde ela própria representa um todo (sistema), ao mesmo tempo que comporta uma rede complexa de relações e emoções (vários subsistemas). Destes, passamos a destacar o subsistema conjugal, como base do nosso trabalho. Ao fazê-lo, torna-se necessário ter em conta o seu carácter dinâmico, em permanente evolução e onde as relações estabelecidas entre os seus membros sofrem modificações ao longo do tempo.
Sylvie Tenenbaum, defende que “Uma relação a dois estrutura-se cada vez mais à medida que se vai desenvolvendo. (…) O casal surge então como um sistema aberto em constante mudança regido por regras”3.
Se por um lado, o nosso objectivo é fazer uma abordagem (embora restrita) do tema relacionado com alguns mitos acerca do casamento, por outro lado é promover a reflexão em torno do contributo que neste âmbito, a Mediação Familiar (MF), enquanto disciplina autónoma que se afirma como alternativa à resolução