Interacionismo simbólico
O pensamento comunicacional americano começa a estruturar-se com a institucionalização da Escola de Chicago, primeira escola de pensamento comunicacional sistemático que surge na história das teorias da comunicação, antecedendo por alguns anos a Escola de Frankfurt. As suas bases remontam ao final do século XIX, quando alguns acadêmicos de Chicago encetaram pesquisas sociológicas que conduziram à criação do primeiro departamento universitário de Sociologia, na Universidade de Chicago, em 1892, dirigido por Albion Small. Embora os primeiros estudos comunicacionais da Escola de Chicago tenham sido desenvolvidos entre o final do século XIX e os princípios do século XX, é de realçar que a proteção das teses de Chicago ocorreu, unicamente, a partir dos anos trinta do século XX, pelo que alguns autores situam, cronologicamente, o aparecimento da Escola de Chicago a jusante do aparecimento da Escola de Frankfurt. Inicialmente, as preocupações dos sociólogos de Chicago era estudar a "ecologia humana" nas cidades. Os primeiros estudos realçaram, por exemplo, que enquanto nas aldeias todos se conhecem e todos são vigiados por todos, nas grandes cidades cada indivíduo tem maior liberdade e autonomia para encontrar o seu rumo. Porém, os indivíduos são gregários. Por isso, os indivíduos procuram encontrar aqueles que seguem o mesmo rumo que eles, para se agregarem em grupos. A imprensa cumpriria um papel fundamental na orientação dos indivíduos nessa sua busca de integração e admissão num grupo. Assim, ao estudarem os fenômenos de migração e imigração para as grandes cidades, os sociólogos de Chicago chegaram à comunicação como objeto de estudo. Autores como John Dewey, por exemplo, começaram a perceber o papel sociológico da imprensa como elemento integrador dos indivíduos. Por seu turno, Thomas e Znaniecki, assumindo uma orientação marcadamente sociológica e métodos descritivos, estudaram o papel da