Intenção de ruptura do serviço social
A intensão de ruptura surgiu em meados da década de setenta na escola de serviço social da Universidade Católica de Minas Gerais onde permaneceu isolada por uma década, porque a intensão de se renovar tinha um caráter oposto ao da autocracia burguesa, em todos os âmbitos, teórico, cultural, profissional e politico. E somente quando a crise burguesa emerge e a classe operária ressurge no cenário politico com a resistência democrática que a intensão de ruptura começar a ter visibilidade também nos foros e organismos da categoria tornando-se tema de debate entre os assistentes sociais. A perspectiva da intenção de ruptura deveria construir-se sobre bases quase que absolutamente novas; esta era uma consequência do seu projeto de romper substantivamente com o tradicionalismo e suas implicações teórico-metodológicas e prático-profissionais. Na área estatal e na área privada o espaço para inovações na perspectiva de ruptura era pequeno e o custo alto. A universidade era quem oferecia um campo novo e menos inseguro para apostas de rompimento. O espaço universitário era o que mais se prestava a este projeto, abrindo campo para ensino, pesquisa e extensão, por isso esta em uma posição principal, tendo em vista as inovações e seus desdobramentos para a intenção de ruptura. Levando às experiências pilotos com campos de estágio, à interação intelectual entre assistentes sociais sem demandas imediatas da prática profissional, à perda de controle institucional e organizacional, à possibilidade de responder a demanda de interação de novo tipo com teorias e disciplinas sociais, à possibilidade de responder a necessidade de sistematizar e elaborar as práticas implementadas e à possibilidade de obter suportes teórico-metodológicos. Nas agencias de formação a primeira metade dos anos oitenta assinalou progressos notáveis nesta perspectiva. Entretanto houve um descompasso entre a formulação das vanguardas e o restante da categoria profissional. As bases para