Intensidade e precarização do trabalho
2.1 Intensidade do Trabalho O termo intensidade do trabalho designa o conjunto de tarefas que um trabalhador executa em determinado período de tempo e o consequente esforço requerido para essa execução. O grau de intensidade do trabalho é determinado pelo dispêndio de trabalho gasto numa unidade de tempo, o que torna a intensidade algo intrínseco a qualquer forma de trabalho. Um dos meios para agravar a intensidade de trabalho consiste no prolongamento da jornada de trabalho, na maioria das vezes sob a condição de aumento de resultados, determinada pelas relações de produção que dominam a sociedade. Por isso quando os trabalhadores conseguem o controle na jornada de trabalho os capitalistas investem em transformações tecnológicas, tentando aumentar a produção sem aumentar a jornada de trabalho, exigindo novas habilidades dos trabalhadores. Portanto, intensidade se refere àquelas condições de trabalho que determinam o grau de envolvimento de um trabalhador, seu empenho e também o seu esforço para dar conta das tarefas a mais. Com o tempo surgiram formas de organização de produção industrial que provocaram mudanças significativas no ambiente fabril. Podemos citar no século XX o Taylorismo e o Fordismo. Esses dois sistemas visavam à racionalização extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produção e do lucro. De acordo com Taylor, o funcionário deveria apenas exercer sua função ou tarefa em um menor tempo possível durante o processo produtivo, não havendo necessidade de conhecimento da forma como se chegava ao resultado final. Outra característica foi a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. Taylor apresentava grande rejeição aos sindicatos, fato que desencadeou diversos movimentos grevistas. Já Henry Ford fez a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o produto fabricado se deslocava pelo